A Alepa e Benedicto Monteiro
Na sessão histórica da Alepa, ontem, em seu
discurso, o senador Jader Barbalho meteu o
dedo numa ferida histórica, ao enfatizar, na tribuna, que foi a Assembleia
Legislativa do Pará que se curvou ao novo regime e quis, digamos, mostrar serviço - e não propriamente os
militares -, e cassou Benedicto Monteiro.
O brilhante caboclo alenquerense,
meu conterrâneo da região do Baixo Amazonas, que foi cassado pela Alepa em
1964, humilhado publicamente nas ruas, conduzido por seus algozes algemado,
descalço e esfarrapado, caçado como animal nas matas de Alenquer, preso incomunicável
por vários meses, torturado e marginalizado da sociedade, e teve seus direitos
políticos suspensos por mais de 10 anos, merece
ser lembrado com orgulho pelas gerações futuras. E ontem a Assembleia
Legislativa, sob a presidência do deputado Márcio Miranda, curiosamente um integrante do DEM, recuperou sua grandeza - a sua, como instituição -, e fez jus à
memória de Bené.
Texto: Blog da Franssinete
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