A simplicidade do Papa

"Nunca um papa tinha me beijado", disse Cristina após encontro com pontífice argentino

Papa Francisco beija a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, durante encontro dos dois no Vaticano, um dia antes da missa inaugural do Sumo Pontíficie em Roma
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ficie em Roma.

O papa Francisco recebeu nesta segunda-feira (18) a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, a primeira chefe de Estado a se encontrar com o novo pontífice após a eleição dele, que também é argentino. 
 
"Nunca na minha vida um papa tinha me beijado", disse a presidente à agência de notícias argentina "Télam", ao final do encontro na Casa Santa Marta, no Vaticano, que durou de 15 a 20 minutos. Em seguida, Francisco e Cristina almoçaram juntos.
 
Os temas debatidos durante a breve reunião não foram divulgados pela Santa Sé. Mas, segundo o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, o encontro foi um "gesto de cortesia e afeto" para a chefe de Estado e o povo do país onde o papa nasceu.
 
Os temas debatidos durante a breve reunião não foram divulgados pela Santa Sé. Mas, segundo o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, o encontro foi um "gesto de cortesia e afeto" para a chefe de Estado e o povo do país onde o papa nasceu.
 
Em retribuição à visita, a presidente argentina deu ao papa um kit para tomar mate, com cuia, garrafa térmica e açucareiro. Já o pontífice a entregou uma majólica com a imagem da Basílica de São Pedro.
 
Outros dois encontros mantidos pelo papa foram com o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, na manhã de hoje, e com o superior geral da Ordem dos Jesuítas, padre Adolfo Nicolás, na tarde ontem. Tampouco foi revelado o conteúdo do que foi debatido nessas reuniões.
 
Relação turbulenta
 
A reunião acontece depois de uma relação turbulenta, nos últimos anos, entre o então arcebispo de Buenos Aires e os Kirchner, sobretudo, após a aprovação das leis sobre o aborto e o casamento homossexual.
 
O presidente Nestor Kirchner, falecido em outubro de 2010, rompeu a tradição que vinha desde 1810 e decidiu não assistir à missa Te Deum, que no dia 25 de maio é celebrada na catedral Metropolitana de Buenos Aires em homenagem à Revolução de Maio.
A última reunião particular entre Cristina e Bergoglio aconteceu em 2010.
Cristina Kirchner assistirá também amanhã (19), à missa de início do pontificado, na qual são esperadas 150 delegações de vários países. O papa deve receber os representantes de cada país no final da missa, no Altar da Confissão, no interior da Basílica de São Pedro.
A delegação argentina estará composta pelo ministro das Relações Exteriores, Héctor Timerman; o presidente da Suprema Corte de Justiça, Ricardo Lorenzetti; o titular da Câmara dos Deputados, Julián Domínguez e o deputado Ricardo Alfonsín, além de representantes da Conferência Episcopal Argentina e de vários partidos políticos do país.
Cristina chegou ontem a Roma pouco antes das 16h locais (12h de Brasília) na área militar do aeroporto de Ciampino. Já o ministro das Relações Exteriores chegou às 7h locais (3h de Brasília) do sábado para poder participar da primeira oração do Ângelus pelo papa Francisco no domingo. (* Com agências internacionais)

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