Querem desconstruir o legado da Educar


por Icaro Gomes*
Encontra-se em curso e com tendência de intensificação, um mirabolante plano de tentativa de desconstrução do trabalho feito nos últimos quatro anos na Secretaria Municipal de Educação (Educar). A intenção é de um grupo pertencente a própria área de educação, com ligações corporativistas no intuito de pintar uma paisagem de caos, justamente para que, alojados na secretaria como estão possam se auto proclamar os salvadores da pátria.

A comunidade escolar do município é conhecedora das melhorias na qualidade do ensino e da entrega de várias obras, a valorização dos docentes, o esforço para garantir a formação continuada, a reconstrução total do Ezequiel Lisboa e do Francisco Nunes, a nova realidade salarial, a inovação na merenda escolar e no transporte dos alunos.

Lógico, há aqueles não satisfeitos, querem desconstruir com as mesmas críticas mesquinhas, que pune a competência e a ousada iniciativa para ações que inovaram. Não permitem que os dados positivos, como ter chegado ao terceiro lugar no IDEB do Pará tenha sido um feito de outros ou mesmo os prêmios de reconhecimento nacional recebidos por mérito, isso seguramente, vem corroendo a alma de gente "acocorada "de rancor e ódio.

Nessa tentativa de desconstrução, qualquer dado positivo ou progresso dos últimos anos na Educar deve ser levado para a vala comum do lixo, lançados para debaixo dos tapetes amarelos, pessoas dedicadas por anos à educação do município mas que, por terem ajudado a construir uma nova realidade em outra gestão devem ser queimadas vivas como no período da inquisição e talvez até com a benção clerical.

Pela lógica dos novos "educadores emplumados" é necessário esquecer a perspectiva, por mais positiva que tenha sido e tentar produzir um ‘suposto’ novo diagnóstico, sobretudo permeado de negatividade, quase de um fictício caos, para espalhar e ecoar no município que agora sim é que será descoberta a roda.

Analisar a educação no município hoje, remete a recordar professores que ganhavam de forma igual aos outros profissionais da educação - era um salário mínimo "seco" por cem horas; não havia nenhuma gratificação, nenhuma ajuda para transporte daqueles que atuam em escolas distantes de suas residências; os vigilantes das escolas não tinha direito a quase secular garantia de adicional noturno. Além de que, foi nos últimos anos a maior proposta experimental de merenda escolar, com a inclusão de produtos da agricultura familiar no município, aproximando o cardápio da realidade vivida pelos alunos. No quesito transporte, Maracanã foi o município que mais conseguiu recursos para ônibus do programa "Caminhos da Escola", fechando o ano de 2012 com nove unidades. A vinda de educadores com diversos livros publicados e reconhecidos internacionalmente para palestras, recolocou o município na mídia regional com suas famosas jornadas pedagógicas, assim como o maior plano de formação de professores, com ajudas permanentes para que todos tivessem direito a obter uma graduação.

Evidente que muita coisa falta, há de se reconhecer que não se muda uma realidade de uma hora para outra, é necessário muito investimento, captação de recurso, por isso dedicamo-nos a modernizar os mecanismos de coleta do censo escolar, um dos melhores praticados no estado e doamos terreno e logística de georeferenciamento para que viesse ao município uma nova escola de ensino médio. A Educar não foi desmantelada, ao contrário, evoluiu e detém hoje um cenário perfeito para melhorar, que é o que queremos e desejamos aos novos administradores - melhorias para a educação!

A prefeita deve estar atenta como educadora para aqueles que estão ávidos para obter lugar de destaque na área de educação, com o objetivo claro de colocar uma melancia no peito, sem o cuidado de ser realmente um educador.

* É pedagogo e blogueiro.

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