O que disse Lula

Lula em Paris: “é muito barato cuidar dos pobres, o que é duro é cuidar dos ricos.”

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Desde Paris, onde participou do “Fórum pelo Progresso Social”, o ex-presidente Lula, para os risos da plateia que discute o progresso social entre bolhas de champanhe, fez uma espécie de stand up comedy no seu discurso de encerramento, .
Uma lição que aprendi: é muito barato cuidar dos pobres, o que é duro é cuidar dos ricos.”, disse Lula à certa altura. É verdade: eu sempre digo que os pobres pedem para que o político lhe compre um remédio e os ricos que lhe montem outra farmácia.
Ao ver curiosidade na audiência, pelos constantes goles de agua que ingeria durante o discurso, saiu-se: “Depois do câncer, ficou um edema na garganta que não está 100% curado. Tomo água exageradamente. Não se preocupem, não comi bacalhau.”. É... em Paris o bacalhau não é prato de VIPs: ele deve ter almoçado o tradicional “Canard au sang” do “La Tour D’Argent”.
Eu perdi tanta eleição, tanta eleição, que num dia, o povo brasileiro, com dó de mim, me elegeu. Os meus adversários, sobretudo no campo da sociologia, até votaram em mim. Achavam que eu iria fracassar e que eles poderiam voltar ao poder. Mas história os enganou.”. Essa, com certeza, foi pra alfinetar o FHC.
Sobre a crise econômica, quando o resto do globo vivia um tsunami derivativo e Lula declarou que, no Brasil, tudo não passava de uma “marolinha”, sarrafeou o capital: “Eu, que a vida inteira tinha lutado contra a chamada sociedade de consumo, fui para a TV fazer a apologia do consumo. Até hoje, nenhum empresário ou comerciante me pagou nada por aquele pronunciamento.”. Será, mesmo, que não...?
Sobre as revelações de Marcos Valério, Lula cutucou a imprensa: “Quando político é denunciado, a cara dele sai nos jornais. Sabe por que banqueiro não aparece? Porque é ele que paga a publicidade dos jornais.”. Aí o ex-presidente permite-me discordar: a imprensa brasileira tem mais da metade da sua verba advinda do poder público e o governo federal é o que mais coloca reais nas contas bancárias dos barões da mídia.

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