No Blog da Ana Célia

Opinião: o Caso Megale e a eloquência do silêncio.




A reação do deputado estadual José Megale (PSDB) à divulgação de informações sobre o seu suposto envolvimento nas fraudes da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) só deixa três alternativas: ou ele é muito burro, ou é muito arrogante, ou, ainda,  as duas coisas.

Megale pareceu surpreso com essa divulgação justamente no momento em que tentava alçar voo à Presidência da Alepa, sacudida pelo maior escândalo de sua história, em decorrência de fraudes que podem ter lesado o erário em mais de R$ 200 milhões.

Ora, qualquer pessoa minimamente prudente, e que fosse suspeita de envolvimento nesse escândalo, teria pensado duas vezes antes de se candidatar à Presidência da Alepa.

No entanto, Megale foi em frente, sem nem mesmo pestanejar.

Ao que parece, por confiar no torniquete imposto à imprensa paraense pelo governador Simão Jatene, através do derrame de milhões e milhões em verbas de propaganda.

Quer dizer: o silêncio cúmplice da imprensa proporcionaria ao ilustre deputado o necessário “salvo-conduto” para que alcançasse tal posto, sem ter de explicar ao distinto público como foi possível que alcançasse tal posto, apesar das graves acusações que enfrenta.

É ou não é a cara da arrogância tucana no estado do Pará?

Ao que parece, a Vossa Excelência, assim como outros de seus colegas tucanos, não consegue entender que os tempos mudaram.

Nem mesmo todo o dinheiro do mundo derramado na imprensa tradicional consegue mais impedir o fluxo da informação. 

Blogs e redes sociais estão entre os fenômenos mais importantes para a Democracia, em todos os tempos.

Daí a impossibilidade de chegar a bom termo a “missão” a que se propuseram Megale e os tucanos paraenses: varrer essas denúncias para debaixo do tapete.

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