Ao meu Pai

Alguns imaginam que a história começa e termina neles: é um grande equívoco. A história é uma grandeza sem começo ou fim. Ela fica: nós é que passamos por ela. Eu já vi centenas de amigos partirem, tomarem o rumo do andar superior, subir aos céus. Já vi a morte bem pertinho na infância, quando aos seis meses enfrentei o famigerado sarampo que quase me coloca num rol de numeros de pura estatística. E mais na frente vi a morte novamente na saudosa Marituba, quando atravessava a BR 316, lá pelos sete anos, ao lado de mamãe e minha sandália havaiana arrebentou e ficou no leito da pista, eu na ingenuidade da idade voltei correndo para apanhá-la e quase morri atropelado por uma imensa carreta. Deixou-me o último fato a certeza de que não podemos deixar nunca, ninguém, pelo caminho. Sejam acertos ou erros, temos que seguir e seguir sempre, juntos e com o olhar para frente.
Ora, nós a todo tempo contruímos história, colaboramos com o presente, sempre de olho no passado e com o pensamento centrado no futuro. Nós é que passamos por ela e que a história seja eterna!

Homenagem ao meu velho e saudoso pai que completa agora 3 anos de ausência da terra, mas de novas experiências no Céu. Seu Veríssimo, descanse e descanse bem!

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