As investigações indicam que ela foi vítima de feminicídio, possivelmente motivado por ciúmes
O Liberal
A prisão de Wandeilson, localizado na oficina mecânica onde trabalhava, foi realizada pela Polícia Civil do Pará (Divulgação/ PC)
Wandeilson de Assis Barbosa, conhecido como “Vandinho”, foi preso nesta quarta-feira (18) durante a operação “Stalker”, no município de Uruará, sudoeste do Pará. Ele é suspeito do desaparecimento e morte da mineira Karine Gabriele Santos, de 24 anos, que estava desaparecida desde julho deste ano. O corpo de Karine foi encontrado dentro de uma mala, também nesta quarta-feira (18), na zona rural de Uruará. As investigações indicam que ela foi vítima de feminicídio, possivelmente motivado por ciúmes. A jovem pode ter sido morta por estrangulamento, uma vez que próximo da mala havia algumas cordas, segundo a polícia.
A prisão de Wandeilson, localizado na oficina mecânica onde trabalhava, foi realizada pela Polícia Civil do Pará, em cumprimento a mandados de prisão temporária e de busca e apreensão relacionados ao caso. Karine vivia em Santo Antônio do Descoberto, município de Goiás, e se mudou para Uruará em junho deste ano, acompanhada de “Vandinho”, que é paraense. Ela deixou um filho de 10 anos e filhas gêmeas.
De acordo com a polícia, Karine foi vista pela última vez em 7 de julho passado, quando supostamente teria saído de Uruará, na versão do suspeito. A investigação começou em 7 de agosto, após o registro de um Boletim de Ocorrência na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) Virtual e, posteriormente, encaminhado à delegacia do município. Segundo a polícia, durante o desaparecimento da jovem, “Vandinho” mandava mensagens para a família de Karine usando o celular dela. Em alguns momentos, “Vandinho” forneceu informações que causaram desconfiança nos familiares e eles, então, procuraram a polícia.
Com informações fornecidas pela família da vítima, a polícia utilizou técnicas de apuração e inteligência que indicaram que o suspeito utilizou o celular da vítima por cerca de um mês após o desaparecimento, enviando mensagens e simulando que ela ainda estava viva. No entanto, a localização informada pelo aparelho e a ausência de mensagens de áudio aumentaram as suspeitas da polícia.
Além disso, um Boletim de Ocorrência registrado por familiares de Karine em Minas Gerais contribuiu com informações relevantes para o caso. Após o deferimento de medidas cautelares judiciais, os investigadores conseguiram refazer os últimos passos da vítima e confirmaram que o suspeito usava o celular dela após a morte.
Durante o cumprimento dos mandados, Wandeilson foi preso e confessou ter levado o corpo da vítima em uma motocicleta até uma área de floresta a cerca de 40 km de Uruará, onde descartou o corpo. No local indicado, os policiais encontraram o cadáver, além de pertences de Karine, como um cartão de crédito, cordas e roupas.
A perícia foi realizada no local pela Polícia Científica e o corpo foi removido para necropsia. Segundo a Polícia Civil, a prisão de Wandeilson foi efetuada com o uso de algemas, devido ao risco de fuga na área de floresta. O suspeito está à disposição da Justiça.
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