Relembre o caso dos cursos fantasmas, motivo de operação da Polícia Federal

 

A operação de busca e apreensão ocorreu na casa da ex-prefeita em Belém e no hotel em Salinópolis

A Policia federal realiza hoje a "Operação Influência" com 5 mandados da Justiça Federal de busca e apreensão de documentos para trazer robustez a investigação sobre o caso dos cursos fantasmas ocorridos no ano de 2019 no município de Maracanã, durante o mandato da prefeita Raimunda da Costa Araújo (PSDB), a professora Dica.

A denúncia foi formalizada na Policia Federal pelos vereadores da época, Marco Aurélio Miranda, Fernanda Cristo e Cacaia Rabelo. O fato veio à tona no 15 de abril de 2019, quando o BLOG fez a postagem: "Educação de Maracanã - A maior capacitação continuada do mundo".

RELEMBRE O CASO




"Nada é segredo nas contas públicas após a implementação do Portal da Transparência, ferramenta obrigatória pela Legislação e que tornou a vigilância dos atos por autoridades e cidadãos mais eficaz.

Em Maracanã a empresa MICHELLE JANE MACIEL EIRELI, CNPJ 31.931.577/0001-40, anda fazendo "barba, cabelo e bigode" quando o assunto é curso.

Contratada sem concorrência alguma, já que usaram a modalidade "Inexigibilidade", a empresa assinou contratos bem suspeitos com as áreas de Educação e Saúde. A Prefeitura de Maracanã desde janeiro de 2019, iniciou uma sequencia de pagamentos com empenhos apressados, às vezes no mesmo dia e liquidações imediatas.

Segundo a Prefeitura por meio do Portal, a empresa Michele realiza com preços de 8 mil, 12 mil, 14 mil, 16 mil, cursos com coordenadores pedagógicos e diretores. Ensina em oficinas professores da educação básica.

Então, devemos fazer alguns questionamentos sobre como foram realizados os cursos em preços bem altos. No mês de março, em pesquisa do Blog, numa sala a secretaria de educação reuniu gestores, alguns professores e coordenadores para o planejamento. Pelo que se sabe, nada mais além.

Pelo jeito estão fazendo cursos "pra inglês ver" somente para tentar justificar que há cursos, mas os professores com certeza nunca foram informados sobre o valor de cada um.


Vejamos:

No dia 01 de fevereiro de 2019, com recursos do Fundeb 40%, a prefeita pagou 17 mil para a empresa Michele e seis dias depois, dia 07 de fevereiro, mandou transferir da conta do Fundeb mais 17 mil reais.

No dia 13 de fevereiro pagou mais 14 mil reais e não satisfeita no dia 19 de fevereiro mandou transferir para a empresa Michele 17 mil reais. Dois dias depois, dia 21 de fevereiro, pagou mais 8 mil reais; Quatro dias depois, dia 25 de fevereiro, pagou mais uma nota da empresa Michele agora no valor de 8 mil reais; No dia seguinte, 26 de fevereiro, pagou de novo a empresa o valor de 12 mil reais.

No mês de março, os pagamentos foram intensificados: Dia 20 de março, quando os recursos do Fundeb chegaram na conta de Maracanã, a Prefeitura fez quatro pagamentos no mesmo dia à empresa Michele Jane: 8 mil, 12 mil, 12 mil e 14 mil.


E no mesmo dia, o grande pagamento de todos: uma nota fiscal englobando as despesas da jornada pedagógica num pagamento único de 155 mil reais. Certamente - a jornada que não é uma semana, e sim dois dias - a jornada pedagógica MAIS CARA DO MUNDO.

Não há como "cobrir o sol com a peneira". Há de existir uma apuração dos fatos. Precisa-se se saber por quais motivos os cursos são tão caros e por que se gastou tanto num encontro de dois dias em que o maior cachê foi de um repórter de televisão.

É hora de investigar. O fio de novelo finalmente encontrado. A Câmara precisa ouvir a empresa, vasculhar os registros dos cursos, ouvir professores, coordenadores, sobre os tais cursos".



COMO SEMPRE -  O CASO GANHOU REPERCUSSÃO E O BLOG NOVAMENTE ATUOU NA INVESTIGAÇÃO

Em nova postagem, no dia 13 de maio de 2019, o BlOg investigativo por natureza, postou : Maracanã-Empresa alvo de pedido de CPI tem poucos meses de existência






"A empresa Michele Jane Neves Maciel Eirele - alvo de um pedido de CPI na Câmara Municipal de Maracanã, assinado pelos vereadores Marco Aurélio Miranda (PROS), Fernanda Cristo (MDB) e Cacaia Rabelo (PSDB) - funciona em uma sala na capital do estado do Pará e pasmem! Foi criada no dia 01 de novembro do ano passado. Como num passe de mágica, a recém criada empresa, tornou-se uma notória especializada em cursos que nenhuma outra pode oferecer e dois meses depois foi contratada rapidamente pela Prefeitura de Maracanã e de imediato começou a receber vultosos pagamentos.

Como já postado no Blog, a empresa recebeu vários pagamentos seguidos, às vezes, quatro pagamentos em um mesmo dia, efetivando-se verdadeiros saques dos minguados recursos da Saúde de Maracanã e da conta do FUNDEB, que conta com grande parte de repasses federais.


As suspeitas dos vereadores é que a empresa foi criada para atender as suspeitosas movimentações da Prefeitura de Maracanã".
 
OPERAÇÃO DE HOJE 

A ação da Polícia federal visa juntar documentos que ajudem nas provas dos crimes praticados contra o tesouro municipal e nos recursos federais do Fundeb e aconteceu na residência da ex-prefeita em Belém e em um hotel na ilha do Atalaia, em Salinópolis, onde também reside por temporada.

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