IDENTIDADE - Em memória à Chico Braga

Por Sávio Lima*

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Francisco Paulo Monteiro Braga

Nascido no dia 01 de abril de 1948 na comunidade de Cuinarana, município de Magalhães Barata. Chico Braga como era e é conhecido na ilha de Algodoal, onde viveu por 57 anos, chegou à ilha com 10 anos de idade, tinha uma paixão por cães e gatos. Aliás, a paixão foi herdada de seu pai que era agricultor e puxador de carimbó.
Chico vivia numa construção precária em meio as dunas da praia da Princesa, mas dizia-se abençoado e que era muito feliz pois acordava todos os dias com o som da natureza, com o cantar dos pássaros, grande inspiração - segundo ele - em algumas canções como "Passarinho da Princesa" - "Cinco horas da manhã eu começo a acordar com os cânticos das Saracuras e o cantar do Sabiá; Canta, canta passarinho, consola minha tristeza, eu sei que tu és o dono dessas dunas da Princesa".


Um homem simples e com uma filosofia de vida encantadora. Aos 67 anos de idade e após 57 anos vivendo na Ilha de Algodoal, o mestre do Carimbó de Maiandeua, Chico Braga faleceu no dia 07 de setembro de 2015. O mestre deixou um legado forte com mais de 500 composições e continua vivo como uma das principais referências do Carimbó na região Norte. É visto hoje como um pilar cultural na ilha de Algodoal e nunca soube ler e nem escrever.

Em abril de 2015, Chico participou do documentário “Mestres Praianos do Carimbó de Maiandeua", sendo tardiamente reconhecido, pois gravou apenas um CD em 2011, intitulado “Tribo de Maiandeua”.


Foto:Savio Lima.

* O autor é fotógrafo nativo de Algodoal e colunista do Blog

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