Conheça os livros que os famosos levaram para as urnas no dia da votação



Letícia Colin e o marido, Michel Melamed (Foto: Reprodução)


No domingo (28/10), ocorreu o segundo turno das eleições. Muitas pessoas foram votar com um livro nas mãos. Fazia parte da campanha #MaisLivrosMenosArmas. A ação era a favor da democracia e do respeito aos direitos humanos. 

Alguns famosos participaram e publicaram nas redes sociais livros que levaram.

Conheça as obras:


Leticia Colin: “Insubmissas Lágrimas de Mulheres”, obra de Conceição Evaristo


Muita gente fez campanha para que Conceição Evaristo ocupasse uma cadeira na Academia Brasileira de Letras este ano. Isso não aconteceu, mas não impediu que a Rosa, de ‘Segundo Sol’, escolhesse uma obra da autora. A antologia é composta de 13 contos, cujas histórias têm como protagonistas mulheres negras. De dentro da cena, vozes-mulheres explicitam suas dores, anseios, temores, mas, antes de tudo revelam a imensa capacidade de se retirem do lugar do sofrimento e inventarem modos de resistência.


Deborah Secco: “A Vida Como Ela É..”, de Nelson Rodrigues


Também no ar na mesma trama, a atriz cumpriu o dever de cidadã ao lado do marido Hugo Moura e da filha Maria Flor. “A Vida Como Ela É...”, compilado de crônicas de Nelson Rodrigues, foi a “arma” escolhida pela global. “A Vida como Ela é...” era o nome da coluna diária do escritor no jornal Última Hora. As crônicas falavam sobre o cotidiano e geralmente giravam em torno do adultério, do pecado, dos desejos e da moral, causando escândalo. Inspirou o filme ‘A dama do lotação’ e teve uma grande adaptação de sucesso para a Rede Globo sob o mesmo nome.



Bruno Gagliasso: “O ódio que você semeia”, de Angie Thomas



Starr aprendeu com os pais, ainda muito nova, como uma pessoa negra deve se comportar na frente de um policial. “Não faça movimentos bruscos; Deixe sempre as mãos à mostra; Só fale quando te perguntarem algo; Seja obediente”. Quando ela e o amigo, Khalil, são parados por uma viatura, tudo o que Starr espera é que Khalil também conheça essas regras. O livro fala sobre racismo de uma forma nova para jovens leitores e é um tema que já envolveu a família do ator: a filha dele, Titi, foi alvo de comentários racistas nas redes sociais.



Alice Wegmann: “Ensaio Sobre a Cegueira”, de José Saramago



“Livro é conhecimento, e isso ninguém me tira”, escreveu a atriz ao postar com a obra. O romance foi escrito em 1995, três anos antes de José Saramago receber o prémio Nobel de Literatura. “Ensaio Sobre a Cegueira” não é um livro sobre uma doença de origem biológica, nem tão pouco se trata de castigo divino. Num determinado trecho, através da mulher do médico, José Saramago mostra o que pode significar a cegueira: “a mulher do médico compreendeu que não tinha qualquer sentido, se o havia tido alguma vez, continuar com o fingimento de ser cega, está visto que aqui já ninguém se pode salvar, a cegueira também é isso, viver num mundo onde se tenha acabado a esperança.”



Luis Lobianco: "Devassos no Paraíso", de João Silverio Trevisan



O livro fala sobre a homossexualidade no Brasil da colônia à atualidade. A obra e o escritor chegaram a ser “acusados” de pornográficos. No entanto, o interesse pelo livro nunca se apagou. No primeiro capítulo, Trevisan revisita o conto Cine Íris, de Aguinaldo Silva. No texto, após um passeio por um cinema de pegação, “uma guei” debutante encontra pichado na parede do banheiro: “O Cine Íris também é Brasil”.



Enrique Díaz: "Cria da favela", de Renata Souza



Partindo da discussão sobre o que é comunidade, a autora narra a luta dos comunicadores populares no contexto da militarização da favela da Maré. O jornal "O Cidadão", a página "Maré Vive", o aplicativo "Nós Por Nós", o bloco "Se Benze Que Dá", as festas de rua e a própria autora são alguns dos personagens deste estudo.



Leandra Leal: ‘Para Educar Crianças Feministas’, de Chimamanda Ngozi Adichie



Após o enorme sucesso de ‘Sejamos todos feministas’, Chimamanda Ngozi Adichie retomou o tema da igualdade de gêneros no manifesto com 15 sugestões de como criar filhos dentro de uma perspectiva feminista. Escrito no formato de uma carta da autora a uma amiga que acaba de se tornar mãe de uma menina, o livro traz conselhos simples e precisos de como oferecer uma formação igualitária a todas as crianças, o que se inicia pela justa distribuição de tarefas entre pais e mães. Obra para homens e mulheres, pais de meninas e meninos. A atriz Leandra Leal tornou-se mãe este ano.



Taís Araújo: ‘Um Defeito de Cor’, de Ana Maria Gonçalves



A atriz e apresentadora do PopStar votou com um livro nas mãos porque disse acreditar que só a educação muda um povo. História de uma africana idosa, cega e à beira da morte, que viaja da África para o Brasil em busca do filho perdido há décadas. Ao longo da travessia, ela vai contando a vida, marcada por mortes, estupros, violência e escravidão. Inserido em um contexto histórico importante na formação do povo brasileiro e narrado de uma maneira original e pungente, na qual os fatos históricos estão imersos no cotidiano e na vida dos personagens.



Fernanda Young: ’50 Poemas de Revolta’, vários autores



Desigualdade social, racismo, machismo, incontáveis modalidades de opressão e intolerância estão nessa antologia de poemas que vão de Mário de Andrade a Adelaide Ivánova e que denunciam, cada um a seu modo, os tempos sombrios em que vivemos.

(DOL)

Postar um comentário

0 Comentários