(Foto: DOL)
Uma multidão de pessoas invadiu e saqueou duas balsas na noite desta quinta-feira (2), em Barcarena. O rebocador que levava as balsas ficou à deriva após uma pane mecânica o fazer encalhar próximo a localidade da Ilha do Capim.
Os proprietários da empresa ainda tentaram acionar a proteção policial enquanto aguardavam a equipe de manutenção, mas já era tarde demais. Parte da carga com vários produtos alimentares, avaliada em cerca de 2 milhões de reais segundo a empresa, foi saqueada.
De acordo com Diego Coelho, advogado da empresa J.S Oliveira Navegação, alguns indivíduos em meio a multidão estavam armados. Segundo o relato do advogado, em determinado momento houve troca de tiros entre invasores e funcionários da segurança da empresa. Segundo Diego, um dos tripulantes foi atingido e, até o fechamento desta reportagem, ainda permanecia baleado dentro da balsa.
“Ligamos para a polícia no momento em que a balsa encalhou. Eles foram ao local, mas depois disseram que iam embora, pois tinham que trocar de turno com a próxima guarnição. Abandonaram o local e nessa hora chegaram mais de 100 pessoas para invadir as balsas”, conta o advogado.
A carga tinha como destino Manaus, capital do Amazonas.
RESPOSTAS
A Polícia Civil confirmou que foi acionada após o reboque encalhar, mas negou a existência de qualquer saque às embarcações ou troca de tiros no local. A instituição informou que foram enviadas lanchas e helicópteros ao local.
A Polícia Militar reforçou que não houve baleamento de nenhum dos integrantes da tripulação da empresa J.S Oliveira, dona dos contêineres saqueados. E esclareceu que a balsa ficou parada no Rio Capim devido a uma pane mecânica do rebocador, ainda pela manhã de ontem. O rebocador é de propriedade da empresa Porto Passarão, que desde às 10 horas iniciou a manutenção da embarcação que deslocava as balsas. Ainda segundo a corporação, a expectativa é que as balsas comecem a se movimentar até às 3 horas da madrugada desta sexta-feira (3) já com a utilização de outro empurrador.
Já no final da tarde de ontem (2), equipes do Grupamento Fluvial mantiveram contato com o comandante da tripulação, quando foi informada a existência de segurança armada no transporte das balsas. Ainda assim, foi informado a inexistência de indícios de ataques ou possibilidade de ataques. Além disso, foram testadas as rádios das embarcações da GTO e da empresa de navegação.
(DOL)
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