A vítima chegou a mostrar o resultado da agressão no Facebook. (Foto: Reprodução)
A adolescente esfaqueada na saída da Escola Nossa Senhora das Graças, no bairro da Pratinha II, em Belém, prestou depoimento sobre o caso, acompanhada de sua mãe.
A vítima contou que a briga com a outra adolescente foi motivada por uma mensagem postada em um grupo de mensagens da escola. Ela pediu para a amiga apagar uma foto em que aparece ao lado de um menino da escola, mas a agressora teria negado, segundo depoimento prestado à Polícia Civil.
A adolescente agressora e sua mãe ainda não foram localizadas, de acordo com a PC.
O caso ganhou repercussão após vídeos serem publicados nas redes sociais. Em um deles mostra a adolescente puxando uma faca do cós da calça e desferindo vários golpes contra a outra garota. Toda situação foi acompanhada por outras pessoas e pela mãe da agressora, que ainda gritava para a filha: “dá-lhe na cara dessa pu**”.
A vítima chegou a ser atingida com golpes no rosto, cabeça, braço e peito.
Na época, a Secretaria de Educação (Seduc) informou que a agressão não ocorreu no âmbito da escola, entretanto, a direção tomou a iniciativa de contatar com as famílias das alunas para as providências necessárias, sem citar quais foram elas.
Violência contra jovens é grande no Pará
O grande aumento de mortes no Brasil entre 2006 e 2016 pode ser explicado pela violência contra jovens. Em 2016, 33.590 pessoas entre 15 e 29 anos foram assassinadas no País.
De acordo com o Atlas da Violência 2018, a juventude perdida é considerada um problema de primeira importância no caminho do desenvolvimento social do país e que vem aumentando numa velocidade maior nos estados do Norte.
Em 2016, as taxas de homicídios de jovens variaram de 19 homicídios por cada grupo de 100 mil jovens, em São Paulo, até 142,7 em Sergipe, sendo a taxa média do país 65,5 jovens mortos por grupo de 100 mil.
No Pará essa taxa é de 98 jovens mortos a cada grupo de 100 mil habitantes, uma taxa considerada altíssima pelos pesquisadores do Fórum da Segurança Pública. Considerando a década 2006-2016, o Atlas afirma que houve aumento de 23,3% no número de vítimas nessa faixa etária.
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