O primeiro semestre desse ano – e parte do segundo semestre – foi marcado por uma onda assustadora de assassinatos, o que causa pânico entre os cidadãos de bem.
Não é para menos: somente em 2017 a Região Metropolitana de Belém registrou quatro chacinas. O resultado de tamanha violência se comprova nos números do Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp) que apontam a ocorrência de 1.078 homicídios na Grande Belém, entre 10 de janeiro a 30 de setembro. São, pelo menos, 4 assassinatos por dia. Um a cada seis horas.
Ao que tudo indica o mês de outubro também será tão violento quanto os meses que o antecederam. Para se ter ideia nem mesmo durante o final de semana de Círio – maior festa religiosa do Estado - os casos de homicídios deixaram de ser registrados na capital paraense. E ontem, de tarde, um comerciante foi executado com dez tiros dentro do próprio carro, no bairro do Guamá, periferia da capital.
Sherlon Pinto Monteiro, de 33 anos, estacionava o carro na Augusto Corrêa, em frente à Associação de Moradores. Nisso, dois homens em outro veículo (de cor branca, modelo HB20) se aproximaram e balearam nas costas, cabeça e braço.
Na troca de tiros, um homem que estava sentado próximo ao carro dele foi atingido pelos tiros. Rodrigo Pinto Marques, idade não divulgada, levou três balas. Foi levado para Hospital Pronto-Socorro Humberto Maradei (o PSM do Guamá). Até o fechamento dessa edição ainda não havia sido confirmado o estado de saúde dele. O cenário do crime não foi diferente dos demais locais de assassinatos: prevaleceu a “lei do silêncio” e o medo de testemunhas fornecerem informações mais detalhadas.
INVESTIGAÇÕES: Equipes da Divisão de Homicídios e da Seccional do Guamá estiveram no local do crime para dar início as investigações. “A gente precisa apurar se os suspeitos estavam seguindo a vítima (Sherlon) ou se já aguardavam por ela, já que todo dia a vítima estacionava o carro aqui para seguir para o trabalho, que fica do outro lado da rua”, ressaltou o delegado André Costa, da DH. O homicídio de Sherlon já entra nas estatísticas da violência na Região Metropolitana de Belém e também no rol de casos investigados por policiais civis.
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