Maracanã precisa ser o caminho natural para Algodoal

Por Ícaro Gomes*

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Quando tive o privilégio de concorrer a prefeito de Maracanã em 2012, no meu plano de governo abriguei um projeto que é um grande sonho, mas sobretudo, um firme propósito. Sempre questionei o fato do distrito de Marudá, pertencente aos nossos vizinhos de Marapanim, ser o local de acesso mais utilizado às ilhas de Algodoal e Maiandeua.
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A situação concorre para grandes e irreparáveis prejuízos ao município de Maracanã que perde o fluxo de turistas, já que não oferece um caminho seguro e pavimentado para os visitantes. A logística de Marapanim foi determinante para que o caminho fosse traçado desta forma: rodovia pavimentada até o porto, trapiche em concreto e razoável distanciamento entre continente e ilhas.
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O porto seguro de Maracanã é a vila 40 do Mocoóca, onde tem o trapiche em concreto, distância de 05 minutos de canoas movidas à rabeta para a Praia de Fortalezinha, já em Maiandeua e relativo distanciamento para à ilha de Algodoal em braço de rio salgado em águas pacíficas, o que garante uma viagem segura e agradável pela navegação próxima às margens o que proporciona muitas revoadas de aves, incluindo, os bem raros guarás. Imagine se a viagem fosse realizada em lanchas rápidas como as existentes no Marajó ou Barcarena?
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Um detalhe logístico não permite a realização de nosso sonho: a rodovia PA 430 que liga a estrada de Magalhães Barata (PA 395) à vila de Mocoóca, de apenas 32 quilômetros, não é asfaltada e torna-se um poeiral no verão e um lamaçal no inverno.
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Caso o Estado resolvesse asfaltar a estrada, a Prefeitura de Maracanã, poderia muito bem mudar a realidade daquela região, desenvolvendo um plano de rota turística com atrativos capazes de garantir renda para os moradores ao longo do percurso. Para tal haveria garantias de crédito para os pequenos produtores e os comerciantes, que certamente, teriam seus pequenos negócios como restaurantes, bares, lanchonetes,  sorveterias, quitandas de frutas, barracas de iguarias, entre outras atividades. Sem falar, que o pescado e marisco agregariam valor, posto que seriam comercializados como pratos gourmetizados e não mais in natura.

Algodoal e Maiandeua: Duas ilhas
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Até um certo tempo, antes de conversar com o historiador maracanaenses e poeta Emanuel Pereira, eu pensava que Maiandeua era uma ilha formada pelas vilas de Algodoal, Fortalezinha, Camboinha e Mocooca. Ledo engano. São duas ilhas!
A ilha de Algodoal é separada da ilha de Maiandeua pelo furo velho ou igarapé das lanchas. Ou seja Algodoal vai do porto até aquele furo em que atravessamos para acessar a praia da Princesa. Na verdade a praia mais famosa pertence a Maiandeua, ilha na qual encontra-se Fortalezinha, Camboinha e Mocooca. O farol também é de Maiandeua.
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Quando o governo criou a área de proteção ambiental denominou-a respeitando todas essas referências geográficas ficando APA Maiandeua-Algodoal.

Recentemente o governo do estado iniciou com a chegada do verão, como faz de tempo em tempo, uma raspagem da rodovia que melhora o percurso, mas não garante nosso município na disputa pelo turista de Maiandeua-Algodoal em igualdade com Marapanim-Marudá. A obra de conservação apenas joga um balde de água fria no projeto, mas nós continuaremos sonhando e lutando.

O sonho continua!

* O autor é Especialista em Educação, blogueiro e escritor.

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