Mobilidade Urbana por Francisco Sidou


MOBILIDADE URBANA EM BELÉM: MAIS UMA IDEIA, OU "PREGAÇÃO NO DESERTO"?



Boas sugestões, por estas plagas, parecem não ser benvindas



Francisco Sidou - jornalista


Para fazer jus a uma irresistível vocação de "pregar no deserto": que tal uma linha fluvial urbana ligando Mosqueiro, Outeiro, Belém, Combu e ilhas com modernas barcaças como a da foto, com capacidade para 350 pessoas e ao mesmo custo da passagem de ônibus, com bilhete único ? Isso seria possível ?

Sim, se houvesse gestão competente e vontade política de fazer, mesmo contrariando os donos de ônibus, que também se "acham" os donos do pedaço e da cidade. Até porque esse seria um investimento de grupos privados em regime de concessão, sem custos para a prefeitura de Belém.

As licitações até agora realizadas pela Semob são ou foram de "brincadeirinha" e todas sabotadas interna corporis pelos agentes da cultura do atraso que não desejam criar essa alternativa de solução efetiva para os problemas da imobilidade urbana que estão fazendo vítimas diariamente do estresse provocado pelos congestionamentos colossais e buzinaços infernais.

Por que não se abre uma licitação pública com abrangência nacional ou internacional? Os chineses estão chegando e como bons investidores também se interessam por navegação fluvial urbana. O BRT Belém é um monumento ao desperdício e um projeto "bichado" por vícios de origem, sem planejamento e sem rumo.


Já devorou quase R$ 300 milhões com apenas 1/3 de sua extensão e apenas tem contribuído, com seus tapumes, para complicar ainda mais os problemas de engessamento nos principais corredores de tráfego da cidade, como a avenida Almirante Barroso e a rodovia Augusto Montenegro.


Será que o Ministério Público do Estado ou o Federal, como agentes da lei e fiscais da sociedade, não se interessam por esse assunto, de vital importância para a população de Belém?

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