Memória - Jorge Granhen, Vida e Arte

A imagem pode conter: 1 pessoa, sentado e área interna




Há muitos e muitos anos ainda nos reflexos da segunda guerra mundial e das bombas atômicas que destruíram Hiroshima e Nagasaki no Japão, morava aqui no Brasil, na antiga Vila Rocha s/n em Castanhal o primeiro vegetariano nato regional.

Aos 05 anos de idade mudou-se para Ananindeua, local onde é hoje a biblioteca do município na estrada do Maguari, nesse período estudou no antigo prédio da escola José Marcelino de Oliveira.

Sua intimidade com a pintura e a escultura iniciou ainda na infância. Também gostava de inventar, criar. Em 1948 aos 11 anos de idade fabricou de uma lata de querosene usada, uma enorme máquina fotográfica e conseguiu tirar foto, a primeira foi em preto e branco do primeiro prédio público de Ananindeua – Prefeitura e Câmara. Quase sete décadas depois pintou a tela à óleo e a cores o prédio que poucas pessoas tiveram oportunidade de conhecer.

Um tempo depois em seu novo endereço, próximo a Marituba, montou seu atelier, onde esculturas e pinturas eram artisticamente produzidas.

Aos 15 anos colocou no ar uma pipa gigante, depois fabricou um asa delta, tentou voar e voou. Foi um sucesso naquela época.

Aos 16 anos começou a trabalhar como ajudante de pintor na antiga Pará Refrigerante, como teve bom desempenho foi contratado como diretor de outdoor na firma Ageplan Publicidade. Também trabalhou como free lance em várias agências de publicidade e gráficas.

Em 1962 criou e testou sua primeira bicicleta aquática.

Através de um concurso nacional, foi contratado como desenhista das Listas Telefônicas Brasileiras S/A, Páginas Amarelas, para ilustrar catálogos telefônicos em quase todo o país. Ao mesmo tempo trabalhava para as firmas concorrentes como GTB, Guia Telefônico do Brasil e ECTB - Editora de Catálogos Telefônicos do Brasil, tornando-se assim, o primeiro desenhista paraense a ilustrar catálogos telefônicos.

Foi professor de desenho artístico, comercial, publicitário e de serigrafia nas escolas: Leonardo Da Vinci e Centro Victor Loenfeld, em Belém do Pará.

Em 1998 idealizou o I Fórum Social de Ananindeua com o tema: “De Olho na Cidade do Futuro”, realizado no prédio do Fórum município. Fato curioso é que foi realizado 15 anos antes do I Fórum Social Mundial.

Fundou o Jornal de Ananindeua, o primeiro jornal gratuito da região norte, em 1983 à 2008 e ainda é veiculado, pois o nome foi cedido para um ex-colaborador do jornal.

Editou os jornais: Extensão Rural, Guarita, Ela, Folha de Marituba, Gazeta Guamaense, Informativo CRMV PA/AP, entre outros e escreveu os livros: Prefeitos de Ananindeua e A Verdadeira História de Marituba, e ainda tem um por editar, Prefeitos e vereadores de Marituba.

Criou várias logomarcas, símbolos e logotipos durante essa longa temporada.

Confeccionou centenas de anúncios para jornais e revistas em quase todo o país.

Entre muitos trabalhos encontra-se a tela Vaqueiro Nordestino, exposta em Brasília-DF no Templo da Boa Vontade medindo 50 cm X 70 cm, a obra mostra o olhar sofrido de um vaqueiro ao se deparar com a seca e a consequência dela. E a tela de Santa Odile, exposta na Igreja de Santa Odile, Marambaia-Belém-Pa, medindo 1.10cm X 1.60cm.

Como pedreiro construiu sozinho o prédio onde funcionou o Jornal de Ananindeua por 25 anos. O local tinha várias dependências como auditório, sala de arte, salão para recebimento de ilustres visitantes, sala de redação, entre outras.

Fundou a Associação de Amigos e Colaboradores do Jornal de Ananindeua em quase vinte municípios.

Em 2006 entrou para a Academia Literária Interiorana de Letras, ocupando a cadeira de número 39.

Em 2012 confeccionou um violão e conseguir produzir notas. Este está na casa de sua filha Geni.

Na adolescência, Jorge Granhen conheceu Geracina Begot, os dois estudavam na mesma escola e na mesma série, mas o destino os separou por alguns anos e um belo dia se encontram por acaso na casa de um amigo e a partir daí passaram a se ver constantemente e começaram a namorar. No dia 29 de janeiro de 1966, casaram e desse matrimônio nasceu sua única filha, Geni Begot Granhen, que embora tivesse herdado em demasia a aparência da mãe, herdou do pai a veia artística. Para completar a família, criaram uma sobrinha, Andrea, Adrielly, que era a querida do avô e ainda Graciete, uma afilhada que saiu de casa formada e casada conforme a madrinha Geracina queria.

Em 2013 entrou para o SELO NACIONAL BRASILEIRO com a estatueta de um jornalista, feita em gesso; No mesmo ano ganhou o prêmio SANTANDER TALENTOS DA MATURIDADE, com a tela A INVASÃO DOS PORCOS SELVAGENS.



Jorge Granhen, nasceu dia 16 de maio de 1937 e é o 3º filho de Joaquim Iglesias Granhen e Severina de Melo Granhen. Granhen, como é conhecido, colecionou centenas de Títulos e Honra ao Mérito. Ele levou a vida artisticamente, moldando o passado, reinventando um novo futuro. Éra também um visionário nato.

Postar um comentário

3 Comentários

  1. Jorge granhen completaria 80 anos no proximo dia de 16/05/17 mais nosso querido Deus precisou desse homem, artista,escultor,pai amigo.
    obrigada icaro pela grande homenagem.

    ResponderExcluir
  2. Sr. Jorge Granhen me considerava como um filho, a própria Geni me falou várias vezes isso. Eu gostava muito de conversar com seu Jorge, morei lá um período. Ele me falou que fui o piloto de teste da bicicleta aquática, testada no igarapé da D. Geracina, no bairro Pato Macho. Daí a dúvida da data de teste, pois que eu me lembre ele falou que eu tinha entre 8 e 9 anos. Minha mãe ( professora Irene, comadre da D.Geracina) morou na vila deles, em uma casa alugada.

    ResponderExcluir