Família tem carro crivado por balas na BR-316




Veículo crivado por balas durante ação de policiais rodoviários federais e policiais militares. (Foto: Reprodução)


O carro de uma família que trafegava na noite da última sexta-feira (25) pela rodovia BR-316, passando o município de Marituba, Região Metropolitana de Belém, foi crivado de balas disparadas por policiais rodoviários federais, que no momento da ação, contaram com o apoio de policias militares.

Confundidas com criminosos, as vítimas escaparam da morte e dos tiros disparados pelos policiais. No veículo estavam o engenheiro Ricardo da Cunha Bezerra; a esposa Michelle Bezerra, grávida de 7 meses e sua mãe, a professora Vanja da Cunha Bezerra.

Em contato com o DOL, por telefone, o professor Pedro Gilmar, parente das vítimas, afirmou que apesar do susto e desespero, eles tiveram ferimentos causados pelos estilhaços dos vidros do veículo e sua irmã foi atingida com tiro de raspão.

“A família está revoltada. Quem está para garantir a nossa segurança estão querendo nos executar. A impressão que temos é que os policiais só estão realizados se estiverem puxando o gatilho”, desabafou.

O professor critica ainda o despreparo dos policiais. “Eles já desceram atirando na altura do pescoço, abdômen, com armas de grosso calibre e prontos para matar mesmo. As roupas deles (vítimas) estão furadas e ensanguentadas. Não sabemos explicar como eles estão vivos. Foi Deus que entrou naquele carro e protegeu nossa família”, relembra emocionado.



Vítima exibe marcas deixadas após a ação. (Foto: Reprodução)

Ainda segundo o familiar, o veículo está passando por perícia neste sábado (26), realizada pelo Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves.

O caso foi registrado na Delegacia de Marituba e está sob investigação.

Em nota, a corregedoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que já tomou conhecimento do fato e que serão tomadas todas as providências necessárias para elucidar o ocorrido.

A PRF afirmou ainda, que não compactua com nenhum desvia de conduta e que não haverá impunidade, nem injustiças e, se houve erro ou excesso, a punição devida ocorrerá e no que couber o ressarcimento pelos danos materiais e morais também, pois o estado possui responsabilidade objetiva, basta demonstrar o dano injusto cometido, mas a responsabilidade dos agentes é subjetiva e por isso é preciso demonstrar se houve dolo ou culpa na conduta deles.

O DOL entrou em contato com a Polícia Militar e aguarda um posicionamento sobre a denúncia.

(DOL)

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