Plantas da Amazônia viram próteses ortopédicas




(Foto: Divulgação)


Próteses ortopédicas serão fabricadas com matérias-primas de duas espécies abundantes na Amazônia: curauá e abacaxi. As plantas possuem excelentes propriedades químicas fundamentais para a geração de superplásticos naturais. Essa é a base do projeto desenvolvido pelo Laboratório de Engenharia de Madeira do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

Com o projeto inovador, a equipe do laboratório ganhou o primeiro lugar na categoria Projetos de Natureza Econômica-Tecnológica do Prêmio Samuel Benchimol, concedido na última sexta-feira (28) pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), em evento no Hangar. A equipe do projeto é formada pelo pesquisador Jadir Rocha, responsável pelo Laboratório de Engenharia de Madeira, pelas tecnologistas Tereza Bessa e Cynthia Pontes, e pelas pesquisadoras Katia Loureiro Ramos e Vania Câmara.

FABRICAÇÃO

Agora, os pesquisadores envolvidos no projeto se preparam para enfrentar novos desafios: desenvolver uma solução tecnológica literalmente verde, de excelente qualidade e com baixo custo e obter recursos juntos as agências e instituições financiadoras para executar o projeto, que prevê a fabricação de próteses do tipo transtibial (amputação na área da panturrilha, abaixo do joelho). “Nosso próximo passo será submeter o projeto aos diversos órgãos que fomentam a Ciência, Tecnologia e Inovação”, destaca Jadir Rocha.

O mais importante, segundo Rocha, será a comprovação garantida de que a pesquisa com as folhas das duas espécies apresentam características e propriedades apropriadas para a fabricação de próteses, apresentando resultados tão bons quanto as fabricadas em aço, fibra de carbono e titânio.

(Luiz Flávio)

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