Investigado pela PF, radialista volta ao trabalho




(Foto: Reprodução)


O radialista Raimundo Nonato Pereira, de 53 anos, da Mix FM, voltou a apresentar seu programa de rádio na manhã desta segunda-feira (20). Ele estava na condição de foragido da Polícia Federal desde o dia 24 de maio deste ano, apontado como um dos envolvidos em um esquema de desvio de dinheiro público.

Na ocasião, a Polícia Federal realizou a Operação Lessons, que investigava o desvio de recursos por uma fornecedora de materiais didáticos para prefeituras do Pará. Segundo a Polícia Federal, Nonato é investigado por facilitar os acordos criminosos.

O radialista entrou em seu programa na rádio a partir das 6h, ao lado do advogado, Elson Soares. Durante o programa, ele enalteceu o trabalho de Elson e criticou as acusações contra ele de envolvimento no esquema criminoso.

Durante a Operação Lessons, a Polícia Federal decretou o mandado de prisão preventiva contra Nonato e um mandado de buca e apreensão em sua residência. Ele não foi encontrado. Em sua casa, foram apreendidos cerca de R$ 100 mil e 1.050 dólares, além de maconha.

O DOL entrou em contato com a Polícia Federal, que informou por telefone que a Justiça Federal revogou o pedido de prisão preventiva contra o radialista e concedeu fiança e outras medidas restritivas de direito ao Nonato. A PF ainda afirmou que a investigação foi encerrada e que o inquérito foi encaminhado à Justiça Federal.

Operação

A Polícia Federal encaminhou à Justiça Federal no Estado do Pará, no dia 7 de junho de 2016, o relatório conclusivo do Inquérito Policial referente à operação lessons. No curso da investigação, a qual teve início em 26 de fevereiro de 2016, a Polícia Federal cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em seis municípios do Estado do Pará, 3 mandados de prisão preventiva, 3 mandados de prisão temporária e realizou a oitiva de mais de 20 pessoas envolvidas.

Ao final da investigação oito pessoas foram indiciadas pelos crimes de fraude à licitação, associação criminosa e desvio de recursos públicos, sendo que cinco pessoas possuem vínculo com a empresa beneficiada e três são servidores da Prefeitura Municipal de Marituba/PA. Foram instaurados quatro Inquéritos Policiais a fim de prosseguir nas investigações quanto aos contratos celebrados com as demais prefeituras.

Apesar de concluída a investigação, a Polícia Federal continua analisando o material apreendido os quais podem ensejar a instauração de novos inquéritos policiais.

O Ministério Público Federal ofereceu denúncia contra os indiciados.

No dia 17 de junho de 2016, o Juiz Federal competente para julgar os fatos, entendendo não mais restar em presentes os requisitos para a manutenção da prisão preventiva dos principais envolvidos, em especial pela desarticulação da atividade delituosa investigada, revogou mencionada mediada cautelar, impondo outras medidas, tais como a suspensão da atividade econômica de alguns envolvidos junto a entidades públicas (estaduais e municipais), proibição de deixarem o país, proibição de se ausentarem de Belém/PA por mais de oito dias sem autorização do juízo, comparecimento trimestral em juízo, para informar e justificar atividade e proibição de manterem contato entre si ou com quaisquer testemunha de acusação.

(DOL)

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