O chamado “linhão” de Belo Monte, um dos mais extensos do país, exigirá a instalação de 4.500 torres e de 25 mil quilômetros de cabos, com investimento total da ordem de US$ 1,6 bilhão. A usina será a segunda maior hidrelétrica do país com 11.233 MW de capacidade instalada e enviará sua geração para as regiões Sul e Sudeste, que concentra quase 70% do consumo nacional de energia. A obra é considerada importante para o país também porque a linha terá a tecnologia de Ultra Alta Tensão, em tensão de 800 quilovolts (kV) de corrente contínua.
Será utilizado o sistema de corrente contínua, para não haver distribuição de energia no trajeto do linhão de Belo Monte, pois toda a energia será usada nas regiões Sul e Sudeste. Com mais de dois mil quilômetros, a linha de transmissão partirá da subestação Xingu, localizada em Anapu (PA), e chegará à subestação Estreito, localizada no Triângulo Mineiro, na cidade de Ibiraci (MG). Com isso, a energia gerada pela usina será escoada para o Sistema Interligado Nacional, chegando aos grandes centros consumidores.
A obra prevê investimentos de R$ 5 bilhões. Além da linha de transmissão Xingu-Estreito, serão construídas duas estações: a Estação Retificadora Xingu e a Estação Inversora Estreito. Com investimentos totais estimados em mais de R$ 28 bilhões, a usina de Belo Monte é um dos maiores empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. Quando concluída, será a terceira maior usina hidrelétrica do mundo.
Fonte: Blog do Augusto Alves (Com adaptações de Henrique Branco)
1 Comentários
Não poderia fugir à regra. Os grandes projetos hidrelétricos sempre foram para atender às necessidades da indústria localizada, na maioria, nas regiões sul e sudeste. Como essas região não gozam de potenciais recursos hídricos a ponto de construir grandes empreendimentos como o de Belo Monte, resulta ao governo buscar em que parte do país essa potencialidade se manifesta para que dê condições de promover por meio dessas obras de infraestrutura elétrica desenvolver o país, ou, quem sabe, dá ao setor industrial condições de viabilizar seus projetos no Brasil com impostos caros, má distribuição de renda, miséria, fome, grilagem de terra, corrupção, enfim, condições favoráveis.
ResponderExcluirInfelizmente a usina hidrelétrica de Belo Monte é a escada de desenvolvimento ainda mais para as regiões mais desenvolvidas do país. Enquanto isso, o norte tem suas potencialidades usada em prol do próximo. Quanto altruísmo. Deixa de desenvolver para desenvolver o outro sem a garantia de compensação. A não ser as promessas das empreiteiras da obras.