O desrespeito com o Marajó


Movimento Acorda Marajó tem pesadelos com novo aumento de tarifas


O Movimento Acorda Marajó interditou o porto do Camará, em Salvaterra, de onde a concessionária Henvil faz o transporte para Belém. O protesto é por conta de um novo aumento de 20% nas tarifas.



A ARCON limitou-se a dizer o óbvio: “a revisão tarifária é legal, foi aprovada pelo Conselho Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos, e o ajuste foi feito para manter o equilíbrio do sistema, já que as empresas para operar têm uma planilha de custos e de investimentos que precisa ser compensada.”.

Mobilidade é elemento de cidadania, portanto, as tarifas precisam ser elaboradas considerando, também, a realidade econômico-financeira do usuário e não apenas a planilha de custos das empresas.

Assim como o Estado, por inserção econômica, subsidia empresas, deve subsidiar a mobilidade visando prevenir que o seu peso no orçamento doméstico não seja excludente ao movimento do cidadão.

Ademais, as planilhas das concessionárias são de duvidoso aferimento, e eu nunca vi um proprietário delas andando de carro popular, sinal de que os lucros não são o acocho que choram na hora do reajuste do preço.

Guardadas as desproporções, não é possível que sejamos tão ineficazes que os preços pagos para atravessar um veículo de Belém a Camará, em balsas precárias, seja mais oneroso do que se cobra para levar veículo de igual tamanho de Calais, na França, a Dover, na Inglaterra, com o conforto ali embarcado.

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