Cheiro ruim


CNJ afasta mais dois desembargadores do TJE-PA




Depois de afastar o desembargador João José da Silva Maroja, para apurar suposto favorecimento do seu filho na advocacia, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) determinou ontem (19) o afastamento das desembargadoras Vera Araújo e Marneide Merabet, contra quais abriu procedimento administrativo para apurar suposta participação de ambas em processo suspeito de fraude de R$ 2,3 bilhões contra o Banco do Brasil.

Foi o próprio Banco do Brasil que, em 2010, representou contra as desembargadoras no CNJ. Na ocasião, a então corregedora do CNJ, Eliana Calmon, suspendeu decisão da 5ª Vara Cível de Belém-PA que decretou o bloqueio do referido valor no Banco do Brasil.

> Quadrilha interestadual

De acordo com o Banco do Brasil, o dinheiro não existia e os supostos “clientes” eram, na verdade, uma quadrilha interestadual especializada em golpes contra instituições bancárias.

"Indícios sólidos sobre a conduta desonrosa de um magistrado o deslegitimam a continuar decidindo sobre a liberdade, patrimônio, honra e direitos de personalidade", afirmou em seu voto o corregedor Francisco Falcão, que propôs a investigação das desembargadoras pela "existência de graves indícios do cometimento de falta funcional".

> Suspeita de propina de R$ 30 milhões

Falcão afirmou a suspeita de que as desembargadoras receberiam R$ 30 milhões para favorecer os supostos golpistas e relatou que uma delas teria admitido que determinou o bloqueio após sofrer "pressão de cima", mas não declarou quem mora no andar de cima.

A defesa das desembargadoras negou peremptoriamente a participação de ambas na estratagema da quadrilha.

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