O apelido dele não era nada agradável, mas, sempre preferi chamá-lo de
JOTA, uma figura folclórica de Salinas, que extravasava seu sonho de dirigir um caminhão, pilotando o seu carrinho-de-mão e "passando as marchas".
Atendia seus clientes com água da fonte do Caranã, com as garrafas e garrafões transportados com todo cuidado em seu carrinho, tinha muitos amigos, era querido, era um sujeito da paz. Quando gritavam na rua o seu apelido, resmungava xingamentos pra todo lado. Porém, quando ninguém o "mexia" e ficava olhando para os lados e dizendo:"ninguém tá me mexendo, ninguém tá me mexendo".
Eis o Jota, que
faleceu na segunda-feira, às proximidades do quartel do corpo de bombeiros, em
Salinas, atingindo por uma motocicleta, socorrido não resistiu aos ferimentos.
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