A polêmica na UFPa-ENEM

Estudantes pedem anulação de decisão

Estudantes pedem anulação de decisão (Foto: Daniel Pinto/Arquivo)
(Foto: Daniel Pinto/Arquivo)
A decisão do Conselho Superior de Ensino e Pesquisa (Consepe) da Universidade Federal do Pará (UFPA) de utilizar exclusivamente o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) como seleção já a partir deste ano não agradou os representantes dos estudantes da universidade. 
Na tarde de ontem, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) protocolou documento endereçado ao reitor da instituição Carlos Maneschy, que preside o Conselho Universitário (Consun), órgão máximo de consulta e deliberação, pedindo a revogação da reunião do Consepe, realizada na segunda-feira, dia 3, que decidiu pela forma diferenciada de ingresso na UFPA.
Hoje, a partir das 9h, os estudantes farão um ato público na entrada da UFPA pelo portão 3, ao lado do terminal de ônibus, onde vão protestar e pedir a revogação da medida.
DCE
A coordenadora do DCE, Sílvia Giese, disse que o problema é a forma como foi tomada a decisão. Segundo a estudante, houve convocação para a reunião no dia 29, mas a maioria dos estudantes que compõe o Consepe estava ausente, participando de congressos estudantis fora do Estado.
“Precisamos de um tempo maior para discutir com os estudantes e a sociedade civil”, defende. Ela afirma que a decisão foi aprovada sem parecer prévio. A entidade estudantil pede a revogação da decisão e uma reunião extraordinária do Consun e ainda que sejam realizados debates em todas as unidades acadêmicas da instituição, a fim de ouvir a opinião de todos.
Sílvia esclarece que o Enem não é o problema maior, mas que discorda do período em que a decisão foi tomada, pois já está no meio do ano e vai prejudicar a preparação dos estudantes. A crítica maior é contra a parte referente ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
Apesar da direção da UFPA afirmar que são 20% das vagas destinadas a este novo processo de ingresso que engloba estudantes de todo o país na disputa, ela acredita que esse percentual será expandido gradualmente para atender à pressão do governo federal. “É um sistema desigual, que vai tornar a concorrência ainda maior e os estudantes do Pará ficarão prejudicados”.
(Diário do Pará)

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