CPI é criada, mas servidores reprovam presidente
Revoltados com a escolha do presidente da CPI, os servidores do Detran saíram do plenário da Alepa. (Foto: Cézar Magalhães)
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar desvio de 
dinheiro do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), foi instalada 
nesta quarta-feira (22), na Assembleia Legislativa do Estado do Pará 
(Alepa). Mas os servidores do órgão não aprovaram os deputados eleitos 
para presidir a bancada.
Depois de uma hora e meia de reunião, os líderes do governo escolheram, 
através de votação, os responsáveis pela CPI. O deputado Ítalo Mácola 
(PSDB) foi eleito presidente, enquanto Carlos Bordalo (PT) ficou como 
vice-presidente e Fernando Coimbra (PDT), o relator da comissão.
As escolhas, porém, não agradaram aos servidores do Detran. Isso porque o
 presidente da CPI pertence ao mesmo partido do senador Mário Couto, o 
principal acusado no escândalo de um possível desvio de dinheiro do 
órgão para a Associação Atlética Santa Cruz, clube de futebol presidido 
pelo senador.
“Na mesma hora os servidores saíram do plenário. Ficou bem claro para 
nós que houve uma articulação governamental para tentar garantir que o 
PSDB fique na presidência da CPI. Isso demonstra que a comissão não está
 isenta de corrupção, pelo contrário. As denúncias serão encobertas, a 
CPI só foi criada como uma forma de mostrar à população que o poder 
público tomou alguma atitude”, critica o presidente do Sindicato dos 
Servidores do Detran (Sindetran), Élison Oliveira.
A partir da instalação, nas próximas quartas-feiras haverá reunião da CPI para investigar as denúncias de fraudes.
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