Pará perde laboratório de pesquisa para o Amazonas
O Ministério da Saúde anunciou a construção de um laboratório exclusivo 
para pesquisas sobre a malária no estado do Amazonas, que receberá 
investimentos de R$ 1 milhão em parcela única do Fundo Nacional da 
Saúde. O Laboratório Sustentável da Malária vai reforçar ações de 
controle e prevenção da doença na região, que é endêmica para malária. 
Apesar de registrar a maior incidência para a malária, o Pará foi 
preterido pelo Amazonas.
De acordo com o Ministério da Saúde, o laboratório será referência para 
toda a região no tratamento de malária e sua gestão ficará a cargo da 
Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HDV), 
instituição especializada no diagnóstico e tratamento das doenças 
tropicais, autarquia ligada à Secretaria Estadual de Saúde do governo do
 Amazonas. A construção terá contrapartida do governo do Estado.
Em 2009, o país registrou 301.589 casos da doença, sendo que, até agosto
 deste ano, foram 161.370. No Brasil, 99,9% da transmissão da doença 
está concentrada em 807 municípios que integram a imensa região 
Amazônica, distribuídos entre os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará,
 Rondônia e Roraima e parte dos estados do Maranhão, Mato Grosso e 
Tocantins.
De acordo com o relatório anual da Organização Mundial da Saúde (OMS), o
 Brasil pode não atingir as metas estipuladas pela ONU para a redução da
 incidência da malária até 2015, mesmo tendo destinado já quase R$ 2 
bilhões para o combate à doença em uma década.
Os países teriam que reduzir até 75% a incidência da malária até 2015 
para atingir as metas. Na América Latina, 13 países já atingiram essa 
meta em 2011. A previsão da OMS para o Brasil é de que a doença seja 
reduzida entre 50% e 75% nos próximos três anos, com o risco de que 
fique abaixo da meta. Apenas três países na América Latina - Venezuela, 
Guiana e República Dominicana - tiveram resultados piores que o Brasil.
Entre 2007 e 2011, a incidência de casos suspeitos e o número de mortos 
caíram no País. Mas, no continente americano, o Brasil ainda é a nação 
com o maior número de pacientes que morreram.
(Com informações de O Estado de S.Paulo)
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