Trípoli, 21 out (Prensa Latina) O líder líbio Muamar Kadafi foi assassinado, informou hoje o canal de notícias árabe Al Arabiya, ao citar um médico que examinou o cadáver.
Identificado como Ibrahim pela televisora, o médico forense assegurou que Kadafi recebeu tiro na cabeça e no estômago a muito curta distância, depois de ser preso nas imediações de Sirte, sua cidade natal.
Do dito acima, deduziu o médico, deriva-se que foi uma execução extrajudicial.
Cidadãos e líderes da insurgência continuavam celebrando nesta sexta-feira a morte do líder líbio e de dois de seus filhos.
Durante toda a madrugada e esta manhã, adversários de Kadafi se mantiveram nas ruas festejando a notícia confirmada na quinta-feira por vários chefes do autodenominado Conselho Nacional de Transição (CNT) e por meios audiovisuais árabes que contribuíram diversas versões.
O canal Free Libya TV (Líbia Livre, com base no Catar) citou o porta-voz Mahmoud Shamman, que afirmou que os irmãos Muatassim e Saif Al-Islam Kadafi também morreram em Sirte, mas em incidentes separados e alheios à aparente execução sumária de seu pai.
Shamman, autoproclamado ministro de Informação do ainda inexistente governo, disse que Muatassim foi atingido por vários tiros, o que se constatou em um vídeo e em fotografias feitas com telefones móveis difundidos pelas redes árabes Al Jazeera e Al Arabiya.
Mohamed Sayed, funcionário do Conselho Nacional de Transição, informou que o funeral do assassinado líder líbio só se concretará após a análise do cadáver por uma equipe de especialistas da Corte Penal Internacional.
O corpo de Kadafi estava na localidade de Misrata, lugar onde o conduziram após ser executado em Sirte.
Pontualizou que o então morto líder líbio receberá as honras fúnebres segundo a tradição muçulmana, mas a cerimônia não será pública para evitar que esse lugar se converta em um símbolo.
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