Universidades não poderão constranger alunos




Universitários procuraram a Defensoria pública para garantir contratos com o Fies (Foto: Divulgação/Defensoria Pública)


O Núcleo do Consumidor da Defensoria Pública vai emitir nos próximos dias recomendação para todas as faculdades de Belém conveniadas com o Ministério da Educação (MEC) para não causarem nenhum constrangimento aos estudantes que estejam com dificuldades nas matrículas por falhas no sistema do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Na semana passada, alunos da Universidade da Amazônia (Unama) protestaram para garantir as vagas.

Os defensores públicos Jeniffer Araújo e Johny Giffoni têm atendido inúmeros casos de estudantes das faculdades de Belém em busca de soluções por causa da falha no sistema, que não permite o aditamento dos contratos já existentes e em raríssimos casos têm possibilitado a formulação de novos contratos.

Os defensores vão emitir recomendação para todas as universidades privadas para que não fixem prazos aos alunos resolverem o aditamento e nem cobrem dos estudantes qualquer resolução do problema. Para os defensores, é papel das universidades cobrar a solução do MEC, mantenedor do fundo.

Segundo a Defensoria pública, há casos de estudantes que estão recebendo cobrança de uma mensalidade paralela, com base em um reajuste de mensalidade feito pelas faculdades, e que supostamente o valor descontado pelo Fies não teria como cobrir o novo valor.

O estudante Leandro Müller, de 19 anos, revelou que só fez vestibular na Universidade da Amazônia (Unama) por conta da existência de FIES 100%. Agora quase não dorme porque passa as madrugadas na internet tentando efetivar o contrato na página do programa, sem sucesso. “Minha mãe é serviços gerais em uma empresa terceirizada e o salário dela não paga nem uma mensalidade do curso”, revelou.

Situação idêntica vivem os estudantes Felipe Ribeiro e Mayara Santiago, do curso de Jornalismo da mesma universidade, e que se sentem enganados pela propaganda que sugeria facilidade na contratação do FIES. “Fomos lesados e nossos pais não têm condições de bancar essa mensalidade”, realçaram.

(DOL)

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